Christian Jungersen expõe neste livro a fragilidade das relações profissionais de quatro funcionárias e um diretor, empregados em uma organização acadêmica humanitária, em Copenhagen. Duas jovens estudam genocídios patrocinados por governos no século XX. Dividem o escritório com o chefe de caráter duvidoso e duas colegas mais velhas. A manipulação de provas de acidentes sangrentos joga a suspeita sobre uma das colegas, entre hostilidades contínuas e diárias. Uma paranóia crescente contamina relacionamentos íntimos e extrapola o ambiente, chegando a consultórios médicos e à delegacia de polícia. Acadêmicos, jornalistas, refugiados políticos são personagens de um processo que termina em morte. Com 559 páginas divididas em 56 capítulos, o autor contrapõe o perfil psicológico dos personagens a estudos e ensaios clássicos sobre a crueldade. “Pressionadas, a maioria das pessoas não resiste a prejudicar os outros. A exceção a essa regra não é aquela que compactua com a crueldade, mas quem se opõe a isso. Ao revelar o que pode estar por trás de uma ‘fritura’ em um escritório, o livro sugere que, por mais escondido que esteja, existe um predador dentro de cada pessoa.”
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